De Theresienstadt ao Brasil de hoje – A importância da Arte em contextos desestruturantes

R$80,00

ISBN 978-85-7854-540-6

Organizadoras: Selma Ciornai e Gladys Ajzenberg

Formato: 17x24cm

136 páginas

Ano de publicação: 1º edição – 2022

Resumo

Em 1942, Friedl Dicker Brandeis, professora de arte e artista do movimento da Bauhaus, foi levada ao campo de concentração de Theresienstadt na Tchecoslováquia. Podia levar uma maleta, e a encheu de materiais de arte, que intuía que iria utilizar não só para seu uso pessoal, mas também com as dezenas de crianças que ali se encontravam. Durante os dois anos em que lá esteve, atuou como professora de cerca de 600 crianças e adolescentes, a maioria delas brutalmente separada dos pais. Guardou os mais de 3000 trabalhos de arte feitos pelas crianças em duas malas, pedindo a uma pessoa que os escondesse até o final da guerra. Em outubro de 1944, os nazistas a deportaram para Auschwitz. Três dias depois, foi assassinada nas câmaras de gás. Tinha 46 anos. Seu legado é parte da história da Arte-Educação e da Arteterapia. Ensina-nos como a Arte pode exercer a função de prover resistência, transcendência e sobrevivência emocional àqueles que sofrem situações traumatogênicas.

 

Este livro propõe uma ponte imaginária e transtemporal entre a experiência de aulas de Arte vivida por jovens adolescentes nos anos 40 no campo de concentração de Theresienstadt e as experiências de trabalhos desenvolvidos, aqui, no Brasil, com jovens adolescentes da mesma faixa etária, que vivenciam situações de desigualdade e vulnerabilidade social em condições psicossociais absolutamente desestruturantes. O objetivo desta obra é mostrar que estas pontes no tempo e no espaço ocorrem, e paralelos podem ser intuídos e tecidos como um delicado tear invisível condutor de identificações, espelhamentos e empatias. Nosso intuito ao compor este livro foi o de deixar um registro de como a Arte, especialmente quando guiada por profissionais sensíveis e conhecedores da sua possibilidade de promover a expressão da sensibilidade, dos sentimentos e das percepções de cada um, pode incentivar a imaginação, a criatividade e a comunicação inter-subjetiva. Mas, muito especialmente, a Arte tem a potência de promover, por meio destes processos, a esperança e a resiliência individual e coletiva, como aconteceu em Theresienstadt e como ocorre nos maravilhosos trabalhos desenvolvidos aqui no Brasil, descritos neste livro.

Categoria:

Descrição

Gladys Ajzenberg

CRP 06/19579. Psicóloga pela Universidade de São Paulo – USP (1983). Psicóloga
clínica de crianças, adolescentes e adultos (desde 1983) em clínica particular e
Instituições. Especialização em Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae (2003).
Coordenadora de grupos para pessoas enlutadas.

glaberg@hotmail.com

 

 

Selma Ciornai

CRP: 06/55380-3. Doutora em Psicologia Clínica. Arteterapeuta. Gestalt-terapeuta.
Graduação em Sociologia, Artes Criativas e Psicologia. Pioneira da Abordagem
Gestáltica em Arteterapia no Brasil. Foi fundadora (1989) e é, até hoje, cocordenadora,
docente e supervisora da Especialização em Arteterapia do Instituto Sedes Sapientiae.
Autora de textos e capítulos sobre Gestalt-terapia e Arteterapia no Brasil e no exterior.
Atua em cursos de formação em Gestalt-terapia e Arteterapia em institutos no Brasil, e,
como docente convidada, em países da América Latina e Europa. Como psicoterapeuta,
atende adultos, casais e grupos em clínica particular, atuando também como facilitadora
de dinâmicas de grupo em algumas instituições.

sciornai@terra.com.br
http://lattes.cnpq.br/2477118830467350

 

 

Sumário

APRESENTAÇÃO …………………………………………………     13

Gladys Ajzenberg e Selma Ciornai

INTRODUÇÃO …………………………………………………….     17

Gladys Ajzenberg

A História da História – como a exposição
“As Meninas do Quarto 28” chegou ao Brasil …………..     21

Karen Zolko

Arte, resiliência e sobrevivência emocional
em Theresienstadt ………………………………………………     41

Selma Ciornai

As Visitas às Exposições ……………………………………….     67

Karen Zolko, Dodi Chanski, Gladys Ajzenberg e Selma Ciornai

A arte e seu poder de ressignificação ……………………..     77

Helio Rodrigues

 

Transpondo muros, ampliando olhares …………………..     87

Fabiana Dantas Geraldi

Arte e subjetivação: espaços de esperança e

trans-forma-ação ………………………………………………..   111

Monica Alvim

Violência, Arteterapia e a possibilidade
de representar o irrepresentável ……………………………   123

Bruna Limongi de Domenico e
Michelle Barros Marques dos Santos

Arte e trabalho com histórias de vida
no contexto do acolhimento …………………………………   133

Debora Vigevani, com colaboração de Claudia Vidigal

Informação adicional

Peso 0,300 kg
Dimensões 17 × 24 × 2 cm

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